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Tinha uma Pipa.

O céu azul, poucas nuvens a dançarem.
O sol a pino a rachar, e as pipas emoldurando o espaço infinito,
enquanto, as estrelas não chegavam.

Eram verdes, vermelhas, coloridas, do flamengo!
tinha pipas de todas as cores.

Mas, uma era especial!
Era a pipa!

Pois é,
Tinha uma pipa no céu.

Pertencia ao Ulisses,
menino maluquinho... maluquinho..., por pipas.

A pipa era bonita em seu vôo,
suas descidas e subidas,

E lá ia ele com todo carinho debicando e debicando.

És que surge uma árvore,
que de tão encantada com a pipa...
resolveu prendê-la em seus galhos.

É né!
A pipa, foi indo e indo até ficar presa,
presinha que nem peixe no anzol.

-- Aí que droga, minha pipa!

Mas Ulisses não pensou duas vezes,
como um menininho das selvas, o grande Tarzan.

Subiu correndo, conseguindo ultrapassar todos os galhos,
obstáculos intransponíveis, que o levariam a tão preciosa pipa.

Mas... eis, que a danada da árvore, não queria largar a pipa,
pois é, era a primeira da semana.

E o galho, quando se viu esbulhado de sua pipa....
não conversou, soltou-se junto com a mesma.

Levando pipa e Ulisses para o chão.

O óculos foi o primeiro a voar longe, querendo se salvar, do tombo certeiro.
E Ulisses e galho foram pelo ar rodando como pião.

Pensamentos, será que os houve, não sei.
Mas lá em baixo um Anjo da Guarda, a esperar.
Para amparar a queda, pois havia muitos paus,
e cair sobre eles, era ser trepanado.

Mas o Bom Anjo da Guarda, sempre atento,
e com muito trabalho, consegui ampará-lo.
Ainda bem que o agora elegante Ulisses,
com muitos quilinhos a menos, graças a aborrecência alcançada.

E somente um fêmur quebrado e dois pulsos também quebrados.

Afinal, conseguiu dois meses de férias forçadas,

Mas nasceu outra vez,
Graças ao amparo de seu Anjo da Guarda, sempre atento e alerta.

Ulisses! Ulisses!

Sempre terá uma pipa, no chão

Deixe as pipas das árvores, pois elas gostam de tê-las a enfeitar-lhes as copas.

Sandra Candido
22/06/2003

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